O governo atual assinou acordo no TJ em março, garantindo a reposição da inflação e o aumento do ticket para novembro.
Cláusulas importantes – como a redução de jornada para trabalhadores com dependentes com deficiência; e o pagamento do plano de saúde no acidente de trabalho – somente começaram a ser respondidas depois da mobilização da categoria e da assembleia marcada.
Entretanto, problemas na manutenção dos equipamentos, EPIs, uniformes (já denunciados pelo Sintrasem) e a lembrança do descumprimento em 2020, logo após a reeleição de Gean Loureiro, aumentam a insegurança na categoria.
Em assembleia na manhã desta quarta-feira (2), na qual foi apresentado o novo Conselho Deliberativo da Comcap, os trabalhadores entraram em estado de alerta total contra qualquer quebra de acordo.
A categoria tem nova assembleia no início de novembro para avaliar a situação e, se necessário, deflagrar greve pelo cumprimento imediato do acordo na íntegra.
Na assembleia desta quarta, os trabalhadores discutiram também o aumento nos assédios dentro da Comcap.
É importante que os casos sejam registrados no portal de combate ao assédio do Sintrasem.
Não seria o primeiro desrespeito do prefeito atual a acordos firmados em juízo. Pelo contrário: esta tem se tornado uma prática da gestão.
Em junho deste ano, por exemplo, os trabalhadores da PMF precisaram deflagrar greve para arrancar a reposição que já havia sido acordada na Justiça três meses antes.
Foi só após a mobilização da categoria que o governo recuou e fez o pagamento.
Não existe justificativa para descumprimento. Segundo a própria prefeitura, a arrecadação do quadrimestre foi três vezes maior que a inflação. Há superávit de R$ 325 mi nos cofres da PMF, e a LRF está abaixo do limite prudencial.
O governo testa a nossa capacidade de mobilização, e é obrigação de cada um mostrar que estamos prontos para o enfrentamento. Nenhum passo atrás para defender nossos direitos!